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Circuito Sierra Valdivieso + Laguna Esmeralda e Glaciar Ojo del Albino

Ushuaia, Argentina

 

Esta é uma página com dicas para quem quer fazer o circuito da Sierra Valdivieso, em Ushuaia, acrescentando a Laguna Esmeralda e o Glaciar Ojo del Albino, sendo um complemento do livro As Mais Belas Trilhas da Patagônia. Na página inicial você pode ver diversas fotos e a lista das trilhas que fazem parte do livro, assim como seu preço e métodos de compra.

Dias: 4
Distância: 54 km
Elevação acumulada: 2.500 m
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Melhor época
Do meio de dezembro até março, antes é possível que as lagunas estejam congeladas.

Como chegar
Há diversos voos para Ushuaia e, da cidade até o início da trilha, é preciso pegar um táxi/remis. Se você não combinou uma data e local para ser resgatado ao fim da trilha, caminhe por alguns minutos em direção à cidade para conseguir sinal de celular ou alguns quilômetros até o estacionamento de trilha para a Laguna Esmeralda, onde você pode pegar carona ou pagar para uma das vans te levar para a cidade.

Estrutura (onde dormir, comer e sinalização da trilha)
A trilha está bem demarcada apenas até a Laguna Esmeralda, depois a sinalização é esporádica ou nula. Em alguns pontos, especialmente no último dia, é preciso abrir caminho pela mata. A descida do Glaciar Ojo del Albino para o vale do rio Beban não tem nenhuma sinalização, já que não faz parte de nenhum roteiro de trekking, então é essencial saber navegar e ter mapa + bússola ou GPS.

Travessia dia a dia
A trilha unindo a Laguna Esmeralda com o circuito da Sierra Valdivieso e também com o Paso Cinco Lagunas surgiu porque eu queria deixar o circuito tradicional ainda mais interessante. O caminho descrito abaixo é tão ou mais bonito que muitos trekkings da Patagônia que são mais famosos.

Dia 1
Estrada RN3 – Acampamento no vale do rio Beban

Distância: 12,3 km
Elevação acumulada: 930 m

A Laguna Esmeralda é um dos pontos turísticos mais famosos de Ushuaia, então saia cedo para chegar na lagoa antes dos grupos de turistas. Dê a volta na lagoa e suba para o Glaciar Ojo del Albino seguindo alguns poucos totens.

A descida será feita do outro lado da montanha e não é um caminho percorrido por ninguém, então é preciso saber escolher bem o caminho e ter consciência que, se acontecer um acidente, será muito difícil conseguir socorro, já que é um local muito íngreme.

Esta é a descida do Glaciar Ojo del Albino para o vale do Rio Beban. O rio fica um pouco mais para baixo, na foto ele está encoberto pelo morro em que eu estou. Como a inclinação é grande e as pedras ficam escorregadias por causa do derretimento da neve,  descer por dentro das fendas, assim tibe melhor apoio para as mãos, mas isso deve ser avaliado dependendo das condições no dia.

Ao chegar no vale do Rio Beban, encontrará algumas eventuais marcações, mas é preciso estar atento e não confiar apenas nisso.

Há alguns bons pontos para acampar no vale e, caso esteja descansado, pode seguir um pouco mais ou até mesmo cruzar o Paso Beban, mas veja se conseguirá chegar ao próximo bom ponto de camping.

Dia 2
Acampamento no vale do Rio Beban – Laguna Azul

Distância: 11,4 km
Elevação acumulada: 640 m

Depois de atravessar o Paso Beban, você encontrará as primeiras castoreras, as represas feitas por castores.

O dia termina na Laguna Azul, o ponto mais bonito de todo o circuito. Porém, essa área de camping não está bem protegida dos ventos, então se a previsão de ventos for ruim ou achar que pode ventar forte durante a noite, volte e acampe em um ponto mais baixo.

Dia 3
Laguna Azul – Acampamento no Vale Mariposa

Distância: 12,1 km
Elevação acumulada: 700 m

O terceiro dia começa com a travessia do Paso Mariposa, com vistas incríveis para a Laguna Azul de um lado e a Laguna Mariposa do outro. Depois, siga na direção do Lago Fagnano para ver mais algumas lagoas e uma bela cachoeira. Por fim, acampe na última lagoa antes de começar a descer em direção à Ushuaia.

Dia 4
Vale Mariposa – Estrada RN3

Distância: 17,9 km
Elevação acumulada: 230 m

O quarto dia tem algumas paisagens bonitas, como de cachoeiras, mas no geral é o dia menos interessante, já que se caminha por longo tempo sobre turfa, um piso esponjoso e úmido, às vezes afundando boa parte da perna e deixando as botas sempre molhadas.

Há pontos em que a trilha sai do turbal (o piso de turfas) e entra na mata, mas o caminho muitas vezes está sem sinalização ou interrompido por quedas de árvores.

Links úteis