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Circuito Huayhuash (Via Alpina), Peru – Roteiro e dicas

Mapa da Via Alpina do Circuito Huayhuash dividida em 7 dias de caminhada, com 87 km de distância e 5.635 m de elevação acumulada.

Descrição

A Cordilheira Huayhuash faz parte da região central da Cordilheira dos Andes, no Peru. Há diversas trilhas, com pontos de início e fim variados, sendo possível fazer travessias com 2 ou 3 dias ou passar semanas em suas montanhas. A trilha mais famosa é o Circuito Tradicional, que leva em torno de 9 dias para ser completado. Depois de muitas pesquisas, decidi fazer a Via Alpina, também conhecida como Via Alta, que usa as mesmas trilhas do Circuito Tradicional nos primeiros dias, mas que passa por uma região ainda mais bonita a partir do quarto dia. Essa via é pouco percorrida pois não é possível ter o acompanhamento das mulas que levam os equipamentos das agências, então esteja preparado para não ter nenhum suporte em caso de problemas e saiba que, em muitos pontos da Via Alpina, a trilha não está bem demarcada.

A trilha fica sempre acima dos 4 mil metros de altitude, exceto no fim do último dia, ao chegar na vila. O ponto mais alto é o Paso Caracara, com 5.138 m, então é necessário fazer uma boa aclimatação antes de entrar no circuito.

De dia, quando não há vento e sob o sol, a temperatura fica alta, permitindo andar de camiseta e bermuda, mas assim que o sol se põe, a temperatura cai rapidamente e, de noite, as mínimas ficam quase sempre abaixo de 0 grau. Quando eu fiz o circuito, as mínimas ficaram entre 0 e 8 graus negativos, mas esteja preparado para enfrentar temperaturas ainda mais baixas, em caso de uma frente fria.

Melhor época

De maio a setembro é a temporada seca, sendo julho e agosto os meses mais frios. Nesse período, são raros os dias de chuva, mas é preciso estar preparado para o pior clima possível, já que sempre pode ocorrer. Durante os cinquenta dias que passei nas montanhas peruanas no inverno de 2022, só choveu e nevou em um dia e, mesmo assim, apenas por algumas horas.

Cidade base

Huaraz é a maior cidade da região e fica cheia de montanhistas no inverno, que é a alta temporada. Mesmo assim, os preços das hospedagens e restaurantes são bons, assim como há lojas que vendem equipamentos para trekking e escalada, caso você tenha algum problema com seu equipamento.

Onde dormir: Eu me hospedei no Lhotse Hostel e dormi tanto no quarto que tem uma cama de solteiro, como no que tem uma cama de casal. O quarto de solteiro é pequeno e não tem janela, o que me incomodou, mas o quarto de casal tem bastante espaço e janela que não oferece vista, mas ao menos serve para ventilar. O chuveiro funcionou bem e a cama era boa, assim como o wifi. No café da manhã são servidos dois pães, geleia, manteiga, chá, café, ovos e uma fruta, que varia a cada dia, e a vista a partir do terraço do café-da-manhã é linda, pois se pode ver as montanhas em 360 graus. O hostel está no sul de Huaraz, não fica longe da Plaza de Armas e dos restaurantes, mas os pontos de saída das vans e ônibus ficam, em geral, mais pro norte da cidade. Pra resumir, é uma hospedagem simples, mas com bom custo x benefício.

Onde comer: Conheci doze restaurantes e, dentre estes, os três que se destacaram estão abaixo. Vale dizer que não pedi e não tive nenhum tipo de desconto, tanto para a hospedagem como para os restaurantes, estou indicando por mérito deles.

  • Jama Restaurante: fui duas vezes. Na primeira, pedi a truta com quinoa cremosa e estava sensacional! Tanto que, quando fui de novo, não consegui experimentar outro prato e comi, mais uma vez, a truta, que foi o melhor prato de toda a viagem, não apenas de Huaraz. Não abre na hora do almoço e convém fazer reserva para o jantar, pois há poucas mesas e costuma estar lotado. Clique para abrir o Facebook do Jama.
  • Mamma Mia: até às 15:00 o restaurante tem pratos executivos com preços muito bons (12 a 15 soles). Os executivos não são tão bem servidos como os pratos do menu, mas o sabor é ótimo, não é mal feito por ser barato. Eles também vendem pães caseiros, salgados e doces, e ficam no Parque Ginebra, uma praça que tem diversos restaurantes, então não se acanhe de pedir o cardápio de todos para ver o que mais te agrada. Clique para abrir o Facebook do Mamma Mia.
  • Chicharronería San Francisco: esse não é um restaurante turístico, tanto que nas duas vezes que fui, eu era o único estrangeiro. O ambiente é simples, fica um pouco afastado da Plaza de Armas, mas o chicharrón de chancho deles é delicioso, muito melhor que os outros que comi no Peru. Se você ainda não conhece chicharrón de chancho, é a carne do porco frita na própria gordura do porco, um prato nada leve mas excelente para quem quer recuperar o peso perdido nas montanhas. Clique para abrir o Facebook da Chicharronería San Francisco.

Aclimatação

Para me aclimatar à altitude, eu passei 3 dias em Huaraz (3 mil metros de altitude), fazendo trilhas leves nos dois primeiros dias e moderada no terceiro dia. Para mim, foi suficiente, mas cada corpo reage de uma forma e isso não depende do seu condicionamento físico. Caso você já saiba que tem aclimatação mais lenta, é recomendável passar o primeiro dia caminhando apenas pela cidade.

Dia 1: Laguna Wilcacocha, com altitude máxima de 3.800 metros. Não é um lago bonito, mas a vista para as montanhas do Parque Nacional Huscarán é bonita e, mais importante, é um local de fácil acesso para o primeiro ou segundo dia de aclimatação. A van sai da Av. Antonio Raymondi, quase na esquina com a Jr. Hualcan. No Google Maps, busque por Colectivo to Laguna Wilcacocha. Clique para baixar o tracklog no Wikiloc.

Dia 2: Ruínas de Willkawain e mirante da Laguna Radian, com altitude máxima de 3.900 metros. As ruínas são bem interessantes, mas o mirante para a laguna não é tão bonito, vale mesmo pela aclimatação. Caso queira chegar na Laguna Radian, é preciso pagar para os campesinos, mas vale dizer que o lago não é bonito como os lagos de altitude dos Andes. A van sai da esquina da 13 de Diciembre com Jr. Cajamarca. No Google Maps, busque por Paradero Wilcahuain. Clique para baixar o tracklog no Wikiloc.

Dia 3: Laguna Churup, com altitude máxima de 4.500 metros. A laguna é linda, com água cristalina e aos pés do Nevado Churup. A trilha até ela é razoavelmente íngreme e, se quiser aumentar um pouco o percurso, é possível subir até a Laguna Churupita. A van sai da Av. Agustín Gamarra, quase na esquina com a Antonio Raymondi. No Google Maps, busque por Paradero Pitek, Laguna Churup. Clique para baixar o tracklog no Wikiloc.

Outra opção é substituir duas caminhadas que citei acima pelas lagunas mais famosas e bonitas da região, mas para essas você vai precisar alugar um carro ou contratar um passeio com as agências, já que elas estão longe de Huaraz.

Laguna Parón: Dentre todos os locais citados nesse artigo, esse é o que tem acesso mais fácil, já que a van vai te deixar na beira do lago, a 4.206 metros de altitude. Mas se você vai madrugar e encarar as horas de estrada para chegar até a Parón, não deixe de subir até o mirante mais famoso, por uma trilha com 1,6 km (ida e volta) e elevação acumulada de 155 metros, chegando até 4.350 metros de altitude. Clique para baixar o tracklog no Wikiloc.

Laguna 69: A trilha desde o ponto de parada das vans até a beira do lago tem 14 km (ida e volta) e 860 metros de elevação acumulada, chegando a 4.627 metros de altitude. Se estiver se sentindo bem, recomendo que suba até o mirante, aumentando a trilha em 1 km (ida e volta) e subindo mais 96 metros, totalizando 15 km (ida e volta) com ascensão de 960 metros (ida e volta). Caso você vá com carro próprio, terá que deixá-lo no estacionamento da área de camping, então a caminhada terá 16,7 km (ida e volta) com elevação acumulada de 1.018 metros. Clique para baixar o tracklog no Wikiloc.

Ponto de início e como chegar

Se você usou Huaraz como cidade base para  aclimatação, o melhor ponto de início é Quartelhuain, para fazer o circuito no sentido horário. Para chegar em Quartelhuain você precisa contratar um transporte em Huaraz, pois não há serviço regular até lá, ou você pode ir de ônibus até Chiquián e, apo chegar, contratar um transporte. Quando eu cheguei, um motorista de van se ofereceu para me levar por 200 soles (R$ 280,00), mas eu recusei e consegui ir em uma van que estava fretada por uma família de canadenses e paguei apenas 50 soles. Se você não está sozinho, pode dividir o valor entre as pessoas, mas se for sozinho, é bom preparar o bolso ou procurar pessoas em Huaraz que também farão esse roteiro.

No fim da trilha, no último acampamento (Laguna Hauacocha), pergunte para os guias se há vaga na van, eu consegui assim a volta para Huaraz por 40 soles, então nem ao menos precisei pegar o ônibus em Chiquián. Se não conseguir, ande até Llamac e pergunte por transporte, ou fique na estrada esperando que alguma van passe. Como elas deixam os grupos no meio da manhã, é possível encontrá-las fazendo o caminho de volta.

A empresa que faz o trajeto Huaraz-Chiquián se chama El Rápido, fica na Jr. 28 de Julio, quase na esquina com a estrada 3N, que dá acesso à cidade. Clique para abrir o site deles.

Taxas

O circuito de trekking fica dentro da Zona Reservada Cordillera Huayhuash, criada em 20 de dezembro de 2002, com a finalidade de proteger as 21 montanhas que compõe o maciço da Cordilheira Huayhuash. O governo peruano não cobra taxa para o acesso à Zona Reservada, mas os moradores da região fazem cobranças em diversos pontos, seja para acampar ou apenas para passar. Abaixo estão as cobranças que tive em julho de 2022, mas leve mais dinheiro pois os valores podem aumentar a cada temporada e podem ser criados novos pontos de cobrança. Colocarei também o valor convertido para reais na época da minha viagem. Guarde os recibos de pagamento pois os moradores podem exigir a comprovação em qualquer lugar da trilha. Por exemplo, quando eu estava em Quartelhuain, me preparando para começar a caminhar, vieram dois senhores cobrar duas taxas. Eu não entendi bem quais eram mas paguei, então vi que eram as mesmas taxas de Llamac e Pocpa, reclamei e me devolveram o dinheiro. Pode parecer que foi um mal entendido, mas eles deveriam ter perguntado se já havia pago as taxas quando passei pelas vilas, em vez de cobrar sem dizer a qual lugar se referiam. Para mim, parece malandragem de cobrar e ver se a pessoa paga sem perceber. Os canadenses que estavam no mesmo lugar que eu, por exemplo, não haviam percebido e eu os avisei para pegar o dinheiro de volta.
1. Llamac = 50 soles (R$ 70,00) apenas para atravessar a vila com o transporte;
2. Pocpa = 20 soles (R$ 28,00) apenas para atravessar a vila com o transporte;
3. Campamento Janca = 20 soles (R$ 28,00);
4. Campamento Carhuacocha = 40 soles (R$ 56,00);
5. Mirador Tres Lagunas = 30 soles (R$ 43,00). O nome que estava no recibo não é do Mirador, mas quem me cobrou, logo ao sair do Campamento Carhuacocha, disse que é a cobrança para passar pelo Mirador 3 Lagunas;
6. Campamento Huayhuash = 30 soles (R$ 43,00);
7. Campamento Jahuacocha = 30 soles (R$ 43,00).

Na Via Alpina não há cobranças, mas caso você faça o Circuito Tradicional, terá ao menos duas cobranças a mais.

Guia

Não é obrigatória a contratação de guia para fazer as trilhas em Huayhuash, mas especialmente se for para a Via Alpina, é recomendado caso não seja um montanhista experiente. Eu fiz sozinho, mas se quiser contratar um, fale com Fredi Cruz Lumbe, telefone/WhatsApp +51 942 667 102, o Facebook é fredi.lumbe.31 e o Instagram é fredy_lumbe.

 

Tracklog para GPS

Clique aqui e baixe a trilha no Wikiloc

Roteiro

Abaixo está o roteiro que fiz, mas há vários outras trilhas e pontos de acampamento, tanto na Via Tradicional como na Via Alpina, também conhecida como Via Alta. Não é necessário seguir o mesmo que eu, mas acredito que esse seja o roteiro que passe pelos mirantes mais bonitos.

Dia 1: Quartelhuain – Laguna Mitococha
Distância: 10,2 km
Elevação acumulada: 616 m
Descida acumulada: 509 m
Altitude mínima: 4.092 m
Altitude máxima: 4.669 m

Logo ao sair de Quartelhuain começa a única subida do dia, que em alguns trechos é um pouco íngreme. Depois, uma longa descida e tudo plano até chegar ao Campamento Janca, que tem banheiros. Se você planeja fazer a Via Alpina, converse com a pessoa que cobra o ingresso para saber se pode dormir junto à Laguna Mitococha, que não tem nenhuma estrutura. No Circuito Huayhuash, não acampe fora dos locais oficiais sem ter permissão, pois os moradores podem te multar.

Dia 2: Laguna Mitococha – Campamento Carhuacocha
Distância: 12 km
Elevação acumulada: 638 m
Descida acumulada: 655 m
Altitude mínima: 4.226 m
Altitude máxima: 4.734 m

No segundo dia, o caminho mais bonito é pela crista que leva ao Paso Yanayana, seguindo até o mirante que te deixa de frente para o maciço da Cordilheira Huayhuash e com a vista contrária à do Mirador Tres Lagunas. Porém, se o dia estiver muito feio ou se você não quiser subidas e descidas, pode seguir o antigo caminho, que é usado pelas mulas, para ir direto ao Campamento Carhuacocha. Esse caminho plano também é uma boa opção para quem quer diminuir em um dia o circuito, indo direto de Quartelhuain até Carhuacocha.

Caso você opte por ir até o mirante, tenha muito cuidado na descida, que tem trechos bastante íngremes e escorregadios, já que a trilha não está bem aberta e é preciso pisar em um capim alto ou em trechos com terra fofa, sendo que os dois tipos de piso são bem escorregadios e uma queda naquele lugar resultaria em, no mínimo, muitas fraturas. Eu aconselho que volte um ou dois quilômetros e desça por um caminho bem mais seguro, é o que farei quando for novamente para Huayhuash.

Em Carhuacocha há 3 acampamentos, sendo dois que já estão inclusos no valor que foi pago de modo obrigatório, e também há um particular que costuma estar com pouca gente, justamente porque é preciso pagar uma taxa extra.

Dia 3: Campamento Carhuacocha – Campamento Huayhuash
Distância: 13,1 km
Elevação acumulada: 624 m
Descida acumulada: 929 m
Altitude mínima: 4.170 m
Altitude máxima: 4.761 m

Esse é o dia mais bonito do Circuito Tradicional, com vistas incríveis para as montanhas e que inclui o famoso Mirador Tres Lagunas, após uma subida íngreme. Depois do mirante ainda é preciso subir um pouco para alcançar o Paso Siula e, depois uma longa descida até o acampamento.

Um pouco antes da área de camping há uma barraquinha onde vendem refrigerantes, cerveja e, se conversar com a senhora que fica ali, ela pode cozinhar algo simples e levar até o acampamento.

Clique para abrir uma foto em 360 graus feita no Mirador Gangrajanca. Depois de aberta, gire a foto para todos os lados.

Dia 4: Campamento Huayhuash – Laguna Jurau
Distância: 16,5 km
Elevação acumulada: 1.313 m
Descida acumulada: 1.286 m
Altitude mínima: 4.400 m
Altitude máxima: 5.117 m

Nesse dia acontece a separação entre quem faz o Circuito Tradicional e segue para as Termas de Viconga, e quem faz a Via Alpina e segue para a Laguna Jurau. A descrição nesse artigo é da Via Alpina, mas sem atravessar a geleira do Trapecio, pois eu fiz um caminho mais longo: ao chegar no Paso Trapecio, em vez de descer direto para a Laguna Jurau, eu fiz uma volta para cruzar o sensacional Paso Santa Rosa, deixando o caminho mais cansativo, por acrescentar mais uma travessia de montanha, mas ainda mais bonito.

Ao chegar no topo do Paso Trapecio, há uma trilha que leva a um mirante muito bonito, mas é preciso subir ainda mais.

A Via Alpina não é tão bem demarcada como a Tradicional e a chance de encontrar pessoas é muito menor, então é preciso ser realmente autossuficiente.

Na Laguna Jurau não há estrutura e também não há cobrança.

Dia 5: Laguna Jurau – Laguna Caramarca
Distância: 7,8 km
Elevação acumulada: 769 m
Descida acumulada: 547 m
Altitude mínima: 4.408 m
Altitude máxima: 5.098 m

Esse é um trecho curto mas desgastante, pois deslizamentos de terra destruíram a trilha em muitos lugares, sendo preciso caminhar por terreno instável, que muitas vezes cede com as pisadas, e procurar o melhor caminho em vez de acreditar cegamente no GPS. Porém, todo o esforço é recompensado com uma das três vistas mais bonitas de todo o circuito, junto com o Mirador Tres Lagunas e o Paso Santa Rosa.

A descida do Paso Sejya, também chamado de Paso Seria, é bem mais fácil que a subida, e caso você não vá atravessar o Paso Rasac no dia seguinte, pode continuar descendo até uma área de camping no Valle Caramarca.

Assim como na Laguna Jurau, na Laguna Caramarca não há qualquer estrutura e cobrança.

Clique para abrir uma foto em 360 graus feita no Paso Sejya. Depois de aberta, gire a foto para os lados.

Dia 6: Laguna Caramarca – Campamento Jahuacocha
Distância: 10,8 km
Elevação acumulada: 587 m
Descida acumulada: 1.049 m
Altitude mínima: 4.176 m
Altitude máxima: 5.138 m

Logo ao sair da Laguna Caramarca vem a subida para o Paso Rasac. Para cruzar a geleira do Paso com segurança, é necessário usar crampons, mas dependendo das condições da geleira e da experiência da pessoa nesse tipo de ambiente, pode-se atravessá-lo com razoável segurança, mas sempre lembrando que é um local bastante remoto e que um resgate pode levar dias.

Opção mais segura é descer o vale do Río Sejya para encontrar o Circuito Tradicional, terminando a trilha em Huayllapa ou, de lá, seguindo no sentido norte para Jahuacocha ou Llamac.

Se você atravessar o Paso Rasac, a descida pode ser feita pela esquerda da crista ou pela moraina que leva direto para a Laguna Barrosococha, sendo esse caminho mais difícil e instável, mas com vista para a laguna. Depois da Barrosococha a trilha fica bem mais fácil, sem pontos em que exista algum perigo.

O acampamento junto à Laguna Jahuacocha é bastante movimentado pois faz parte do Circuito Tradicional, contando com banheiros e havendo cobrança.

Dia 7: Campamento Jahuacocha – Pocpa
Distância: 9,2 km
Elevação acumulada: 501 m
Descida acumulada: 1.064 m
Altitude mínima: 3.626 m
Altitude máxima: 4.656 m

De Jahuacocha você pode seguir para Pocpa ou Llamac, depende mais de onde encontrará a van para te levar de volta. Eu não tinha transporte agendado pois não sabia quando terminaria o circuito, então conversei com os guias que encontrei no acampamento e um deles tinha vaga na van, que sairia de Pocpa. Se você não conseguir transporte, vá até Llamac e pare junto à cancela, assim poderá conversar com quem passar.

O caminho para Pocpa tem uma subida mediana e, depois uma longa descida. Para Llamac há dois caminhos: o mais curto tem uma subida e vista para as montanhas, enquanto que o caminho mais longo não tem subida e nem vistas bonitas, então tudo depende do que é prioridade para você.

Conheça o livro "As Mais Belas Trilhas da Patagônia"

Torres del Paine, El Chaltén, Bariloche, Ushuaia, Villarrica, Cerro Castillo, Dientes de Navarino e Parque Patagonia